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QUEM É JESHUA?

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Conversa com Jeshua, Outubro 2002

© Pamela Kribbe

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

www.jeshua.net 

Tradução para o português: Vera Corrêa  veracorrea46@ig.com.br

Para perguntas ou comentários, sinta-se à vontade para nos contatar em aurelia@jeshua.net

 

Jeshua, quem é você?

Eu sou aquele que esteve entre vocês e que vocês conheceram como Jesus.
Eu não sou o Jesus da tradição da sua igreja nem o Jesus dos seus escritos religiosos.
Eu sou Jeshua-ben-Joseph; eu vivi como um homem de carne e osso.
Eu realmente alcancei a consciência Crística antes de vocês, mas fui sustentado nisso por poderes que estão além da sua imaginação no presente momento. Minha vinda foi um evento cósmico – eu me tornei disponível para isso.

Não foi fácil. Apesar dos meus esforços, eu não consegui passar para as pessoas a grandiosidade do amor de Deus. Houve muitos mal-entendidos. Eu vim cedo demais, mas alguém tinha que vir. Minha vinda foi como atirar uma pedra num grande tanque de peixes – todos os peixes escapam e a pedra vai lá para o fundo. Ainda se notam algumas ondas, mesmo depois de tanto tempo. Pode-se dizer que o tipo de consciência que eu desejava transmitir fez seu trabalho “por baixo do pano” depois disso. Na superfície do tanque, houve uma constante agitação – surgiram diversas interpretações bem-intencionadas, mas mal orientadas, que lutaram umas contra as outras em meu nome. Aqueles que foram tocados pela minha energia, movidos pelo impulso do Cristo, não puderam verdadeiramente integrá-la à sua realidade psicológica e física.

Demorou muito tempo até que a consciência de Cristo pudesse ancorar-se na Terra. Mas agora, o momento chegou. E eu voltei e falo através de muitos, através de todos e para todos que querem ouvir-me e que chegaram a compreender-me através da quietude de seus corações.
Eu não faço sermões e eu não julgo. Minha mais sincera esperança é falar-lhes sobre a vasta e infalível presença do Amor, acessível a vocês a qualquer momento.

Sou parte de uma consciência muito maior, uma entidade muito maior, mas eu, Jeshua, sou a parte encarnada dessa entidade (ou campo de consciência).
Eu não gosto muito do nome Jesus, pois ele ficou muito ligado a uma versão distorcida daquilo que eu represento. “Jesus” pertence às tradições e autoridades da igreja. Ele foi moldado para atender aos interesses dos patriarcas da igreja, durante séculos; tanto tempo, que a imagem de Jesus que prevalece agora está tão distante daquilo que eu represento, que eu ficaria realmente muito contente se vocês pudessem simplesmente liberá-la e me libertassem dessa herança.

Eu sou Jeshua, homem de carne e osso.
Eu sou seu amigo e irmão.
Eu estou familiarizado com todos os aspectos de ser um humano.
Eu sou professor e amigo.
Não tenham medo de mim.
Abracem-me como vocês abraçariam um parente.
Nós somos família.

 

Jeshua, Jesus e Cristo

A energia Crística que eu vim oferecer-lhes provém de uma energia coletiva que ultrapassou o mundo da dualidade. Isto significa que ela reconhece os opostos bom e mau, luz e escuridão, dar e receber, como aspectos de uma única energia.
Viver a partir da realidade da consciência Crística significa que não se luta contra nada. Há uma total aceitação da realidade. Esta ausência de luta ou resistência é a sua principal característica. Já que o Cristo (ou a energia Crística) reconhece os extremos de todos os pensamentos, sentimentos e ações como manifestações da energia divina única, não pode haver dualidade e nem julgamento na forma em que ela (a energia “cristificada”) vivencia a realidade.

Deixem-nos dar um exemplo aqui. Quando o Cristo em vocês observa um conflito armado entre povos, seu coração chora pelo destino dos vencidos, mas ele não julga. Ele sente a dor e a humilhação com cada golpe, e seu coração enche-se de compaixão, mas ele não julga. Ele observa o agressor, aquele que carrega a arma, que tem o poder, que inflige a dor, e ele sente... o ódio e a amargura dentro de si, e o seu coração se aflige, mas ele não julga. O coração do Cristo abraça todo o espetáculo com profunda compaixão, mas sem julgamento, pois ele reconhece todos os aspectos como experiências que ele próprio já vivenciou. Ele próprio já viveu todos esses papéis – de agressor e de vítima, de senhor e de escravo, e ele chegou à compreensão de que ele não é nenhum deles, mas, sim, aquilo que é subjacente a ambos.

A energia Crística passou por todas as energias da dualidade. Ela identificou-se, ora com a escuridão, ora com a luz, mas através de tudo isso, alguma coisa se manteve sempre a mesma. E quando ela percebeu a “mesmice” subjacente a todas as suas experiências, sua consciência ganhou um novo tipo de unidade: ela foi “cristificada”. 
A energia cristificada é a energia que eu vim oferecer-lhes.
É muito difícil de explicar quem fui eu, mas eu tentarei, fazendo distinção entre três “identidades”: Jeshua, Jesus e Cristo.
Eu, aquele que está falando agora, sou Jeshua. Eu fui aquele que carregou a energia Crística na minha encarnação na Terra. Essa energia também pode ser chamada de Cristo.
Jesus – na minha terminologia – é o nome do homem Divino, que foi o resultado da infusão da energia Crística na realidade física e psicológica de Jeshua. Essa energia Crística foi derramada dentro de Jeshua, vinda de
esferas de Luz que estão – do seu ponto de vista – localizadas no seu futuro. Jesus foi o homem que realizou milagres e apresentou profecias. Jesus foi um emissário das esferas de Luz, encarnado em mim. De fato, ele foi o meu futuro eu. Jesus foi – do meu ponto de vista, como o homem Jeshua que vivia na Terra – o meu eu futuro, que se havia tornado um com a energia Crística. Como o Cristo nele era claramente presente e visível para muitas pessoas ao seu redor, ele lhes parecia divino.
Eu, Jeshua, fui um homem de carne e osso. O aspecto singular, e até certo ponto artificial, da “construção de Jesus”, é que eu recebi o meu/dele Eu Cristificado do futuro. Eu não fui cristificado com base no meu passado e nas experiências aí vivenciadas. Eu não alcancei a iluminação de uma forma natural, mas por meio de uma intervenção externa – por assim dizer – por uma infusão da energia Crística vinda do futuro. Eu concordei em desempenhar esse papel, antes de começar essa vida. Eu concordei em ser “ofuscado” pela presença de Jesus, como um ato de serviço e também devido a um anseio intenso por conhecer a realidade dos meus potenciais mais profundos.

Jesus, o meu eu futuro das esferas de Luz, tornou-se um com a energia Crística. Mas ele não representa a energia de Cristo aqui na Terra, pois essa energia abrange mais do que Jesus. Ele é uma parte, ou uma célula dela. Cristo ou a energia Crística (é mais como um campo de energia do que uma entidade pessoal) é a energia coletiva que tem muitos aspectos ou “células”, que estão cooperando entre si de tal modo, que funcionam como um único “organismo”. Cada célula faz uma contribuição única para o todo, enquanto experiencia a si mesma como um indivíduo que também é parte do todo. Estes diversos aspectos da energia Crística podem ser chamados de anjos ou arcanjos. Uma característica marcante dos anjos é que eles têm um sentido de individualidade, bem como um alto nível de desprendimento, que lhes permite sentirem-se um com as energias coletivas e estarem alegremente  em serviço. A noção de (arc)anjos é elucidada na parte X da série Trabalhadores da Luz.

 

A missão de Jesus na Terra

Jesus foi uma energia do futuro que veio à Terra para trazer iluminação e conhecimento para a humanidade. Ele veio de um outro mundo ou outra dimensão, e trouxe consigo a energia elevada da sua realidade. A sua percepção do seu próprio Eu Superior permaneceu intacta, enquanto ele encarnou na Terra. Devido à sua presença em mim, Jeshua, eu pude facilmente compreender a flexibilidade das leis materiais e “realizar milagres”.
A razão pela qual a personalidade de Jesus/Jeshua veio à Terra foi para criar uma abertura ou portal para um estado diferente de consciência. Eu queria dar um exemplo das possibilidades que estão disponíveis para cada ser humano.
Nas esferas de Luz de onde Jesus veio, sentia-se que a Terra estava indo numa direção que terminaria numa grande escuridão e auto-alienação para as almas envolvidas no experimento desse planeta. Decidiu-se que lhes seria dado um impulso poderoso para a mudança, o qual mostraria claramente aos seres humanos as chances disponíveis para eles. Ao enviarmos a energia da personalidade de Jesus, nós queríamos criar um espelho para os seres humanos e relembrá-los da sua própria origem divina e dos potenciais adormecidos que eles carregavam dentro de si. Os potenciais para a paz, a liberdade e a maestria sobre vocês mesmos.

Todo ser humano é o mestre da sua própria realidade. Vocês estão criando a sua realidade o tempo todo. Vocês são capazes de se desfazer de uma realidade miserável e insatisfatória e permitir que a Luz entre a transforme a sua criação. Cada um de vocês é o seu próprio mestre, mas vocês têm a tendência de entregar o seu poder para autoridades externas que se proclamam conhecedoras da verdade e alegam querer o melhor para vocês. Isto acontece na política, na medicina, na educação, etc. Inclusive a sua “indústria de entretenimento” está cheia de falsas imagens a respeito de felicidade, sucesso e beleza, que não servem a ninguém, a não ser àqueles que as constroem. Vocês já pensaram sobre quanto dinheiro é gasto só para criar imagens? Na mídia, nos jornais, nos filmes, no radio e na televisão, imagens são propagadas o tempo todo. De onde vêm essas imagens? Quem as cria?
As imagens são um meio de se exercer poder sobre as pessoas. As imagens podem tornar as pessoas subservientes e desconectá-las das suas verdadeiras necessidades, sem o uso da força física ou da violência. As imagens podem fazer com que as pessoas entreguem voluntariamente o seu próprio poder e valor. Elas iludem-nos de tal forma, que vocês não precisam ser violentamente forçados a nada; vocês aceitam os valores retratados pela imagem como se fossem os seus próprios, e agem de acordo com eles. Isto é o que chamaríamos de controle invisível da mente e é algo que viceja nas suas sociedades ocidentais “livres”.

A função da Luz é basicamente trazer clareza, consciência e transparência para as estruturas invisíveis de pensamento e sentimento, que moldam a sua vida. A Luz é o oposto do controle da mente. Quando a Luz entra numa realidade, ela quebra os grilhões do mero poder e autoridade e derruba as hierarquias neles baseadas. Ela leva o abuso do poder à luz e liberta as pessoas das desilusões e ilusões que lhes tiram seu poder de auto-decisão.

Jesus foi uma ameaça para a ordem reinante no tempo em que ele viveu. Através das suas palavras e simplesmente através do que ele irradiava, ele fez com que as estruturas do poder fossem vistas como elas verdadeiramente eram. Isto era intolerável e inaceitável para a hierarquia existente.

O papel de Trabalhador da Luz, que Jesus tomou para si, foi pesado, especialmente para mim, Jeshua, o ser humano que concordou em carregar essa energia intensa e radiante na minha vida. Eu, Jeshua, fui quase obscurecido pela força da presença de Jesus, a presença do meu futuro eu! Embora ele me preenchesse com grande percepção, amor e inspiração, para mim foi um grande desafio carregar fisicamente ou “sustentar” a sua energia. Eu não pude realmente integrar a energia dele no meu ser físico – as células do meu corpo ainda “não estavam prontas” para isso – então, no nível físico, meu corpo ficou exausto de carregar as energias intensas da Luz.

Além do aspecto físico, também havia uma carga psicológica por carregar a energia de Cristo. Eu achava muito difícil observar a natureza da energia de Cristo sendo freqüentemente mal compreendida, até mesmo pelos meus amigos mais próximos ou “discípulos”. Como o ser humano que eu era, muitas vezes eu me desesperei e duvidei do valor da jornada que eu empreendia. Eu sentia que o mundo não estava pronto para a energia Crística. Eu sentia que a sua essência não era reconhecida. Jesus foi verdadeiramente um pioneiro no seu tempo.

 

Resultados da vinda de Jesus à Terra.

Através da vinda de Jesus à Terra, uma semente foi plantada. Foi a semente da energia de Cristo. As pessoas foram tocadas pelo que eu disse e fiz, e inconscientemente, no nível da alma, elas reconheceram a energia de Cristo. Nas profundezas de suas almas, uma lembrança agitou-se. Alguma coisa foi tocada e posta em movimento.

Na superfície, no nível daquilo que pode ser visto e sentido no mundo físico, a minha vinda criou muita comoção. Em virtude da lei da dualidade, uma infusão poderosa de Luz cria uma reação poderosa da Escuridão. Isto é simplesmente uma questão de lógica. A Luz confronta. Ela quer quebrar as estruturas do poder e libertar as energias aprisionadas. A Escuridão é a energia que quer suprimir e controlar. Então estas duas energias têm interesses opostos. Quando uma ganha poder, a outra revida, para se defender e recuperar o equilíbrio. Assim, a minha vinda à Terra também deu início a muita luta e violência, como uma reação contrária à Luz que eu vim difundir.

A perseguição aos meus seguidores, os primeiros Cristãos, é um exemplo dessa reação violenta. Mas os próprios Cristãos, os fundadores da Igreja, também não se abstiveram da violência ao procurarem difundir os meus ensinamentos. Pensem nas cruzadas e na Inquisição. Em nome de Cristo, foram cometidos muitos atos bárbaros de perversidade, tanto por Cristãos quanto por não-Cristãos.

Os mestres da Luz, que decidiram enviar-me como um emissário para a Terra, estavam conscientes do fato de que a energia intensa e sem precedentes de Jesus poderia invocar fortes reações da escuridão. Jesus penetrou na realidade da Terra como um cometa. Foi um tipo de medida de emergência que partiu das esferas de Luz, de energias que estavam profundamente interessadas na Terra e nos seus habitantes. Foi uma última tentativa de mudar a direção para a qual a Terra estava voltada, uma forma de interromper os ciclos de ignorância e destruição que continuavam se repetindo.

Os resultados foram ambíguos. Por um lado, a Luz de Jesus invocou muita Escuridão (como reação contrária). Por outro lado, a semente da consciência Crística foi plantada nos corações de inúmeras pessoas. Uma razão importante para a minha vinda foi despertar as almas dos Trabalhadores da Luz na Terra (Veja outras canalizações que explicam a noção de Trabalhador da Luz (1). Eles seriam mais sensíveis e receptivos à minha energia, embora muitos também tivessem se perdido na densidade e escuridão do plano terreno. Na verdade, os Trabalhadores da Luz são emissários da Luz, com a mesma missão de Jesus. A diferença é que, na sua encarnação num corpo físico, eles estão menos conectados com o seu Ser Divino e Vasto do que eu estava. Eles estão mais sujeitos às obrigações cármicas e às ilusões do plano da Terra. Eles estão mais presos ao passado. Na encarnação de Jesus, aconteceu algo especial: Jesus não trouxe nenhum peso cármico do passado e, assim, ele pode manter-se mais facilmente em contato com a sua divindade. Ele esteve aqui de um modo um tanto artificial – uma presença do futuro, que estava aqui e lá ao mesmo tempo.

Naquele tempo, a consciência dos seres de Luz, que juntos decidiram “inserir” a energia de Jesus na realidade da Terra, não era perfeita e onisciente. Todo ser consciente está, o tempo todo, no processo de desenvolvimento e compreensão de si mesmo. Entre os seres humanos, existe uma crença persistente de que tudo é predestinado por algum plano divino; por trás dessa crença, existe a noção de um Deus dominador e onisciente. Esta noção é falsa. Não existe nenhuma predestinação por parte de uma força externa. Existem apenas probabilidades, que são o resultado de escolhas internas que vocês mesmos fazem. Minha vinda à Terra baseou-se numa decisão tomada por uma energia coletiva de Luz, da qual Jesus fazia parte. Foi uma escolha que envolvia riscos e um resultado imprevisível.
A energia coletiva de Luz, da qual estou falando, é um reino angélico que está profundamente conectado com a humanidade e com a Terra, porque ajudou a cria-los. Na verdade, vocês são parte deles e não estão separados deles de jeito nenhum, mas agora nós estamos falando multidimensionalmente, isto é, em um nível de consciência que está fora da sua estrutura linear de tempo. Em uma outra dimensão de tempo, vocês são esses anjos que constituem as esferas de Luz, das quais Jesus desceu para a Terra (veja parte X da série Trabalhadores da Luz, onde há uma explicação aprofundada da dimensionalidade e da sua natureza angélica). Vocês – Trabalhadores da Luz – estão muito mais conectados com o “advento de Jesus”, essa infusão de energia Crística na Terra, do que vocês supõem. Até certo ponto, isso foi um esforço coletivo, para o qual todos vocês contribuíram e do qual eu, Jeshua, fui o representante visível, físico.

Minha mensagem foi que a energia de Cristo está presente em todos os seres humanos, como uma semente. Quando vocês me admiram como uma espécie de autoridade, vocês estão interpretando mal a minha mensagem.
Eu desejava e ainda desejo convidá-los a acreditarem em si mesmos, a encontrarem a verdade dentro de seus próprios corações, e a não acreditarem em nenhuma autoridade fora de vocês.
Ironicamente, a religião Cristã oficial colocou-me fora da sua realidade, como uma autoridade para ser adorada e obedecida. Isto é bem o contrário do que eu pretendia. Eu pretendia lhes mostrar que vocês mesmos podem ser um Cristo vivo.
Agora eu lhes peço para reconhecerem o Cristo em seu interior e a me devolverem a minha humanidade.
Eu sou Jeshua, homem de carne e osso, e verdadeiramente um amigo e irmão de todos vocês.

 © Pamela Kribbe

www.jeshua.net 

Tradução para o português: Vera Corrêa  veracorrea46@ig.com.br

Para perguntas ou comentários, sinta-se à vontade para nos contatar em aurelia@jeshua.net

(1) N.T:- Ver “Trabalhadores da Luz I, II e III” de Jeshua através de Pamela Kribbe em www.jeshua.net

 
 
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